segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um homem trabalhava em uma fábrica distante

cinquenta minutos de ônibus da sua casa.

No ponto seguinte entrava uma senhora idosa

que sempre sentava-se junto à janela.

Ela abria a bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem

toda jogando alguma coisa para fora.

A cena sempre se repetia e um dia, curioso,

o homem lhe perguntou o que jogava pela janela.

- Jogo sementes, respondeu ela.

- Sementes? Sementes de que?

De flores. É que eu olho para fora e a estrada é tão vazia...

Gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho.

Imagine como seria bom!

· Mas as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros,

devoradas pelos passarinhos...

A senhora acha mesmo que estas sementes

vão germinar na beira da estrada?

- Acho, meu filho. Mesmo que muitas se percam,

algumas acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.

-Mesmo assim... demoram para crescer, precisam de água...

Ah, eu faço a minha parte. Sempre há dias de chuva.

E se alguém jogar as sementes, as flores nascerão.

Dizendo isso, virou-se para a janela aberta

e recomeçou seu trabalho.

O homem desceu logo adiante,

achando que a senhora já estava senil.

Algum tempo depois...

Um dia, no mesmo ônibus,

o homem ao olhar para fora percebeu

flores na beira da estrada...

Muitas flores... A paisagem colorida, perfumada e linda!

Lembrou-se então daquela senhora.

Procurou-a em vão.

Perguntou ao cobrador, que conhecia todos os usuários no percurso.

- A velhinha das sementes? Pois é....

Morreu há quase um mês.

O homem voltou para o seu lugar e continuou

olhando a paisagem florida pela janela.

"Quem diria, as flores brotaram mesmo", pensou!

"Mas de que adiantou o trabalho dela?

Morreu e não pode ver esta beleza toda".

Nesse instante, ouviu risos de criança.

No banco à frente, uma garotinha apontava pela janela, entusiasmada:

- Olha, que lindo! Quantas flores pela estrada...

Como se chamam aquelas flores?

Então, entendeu o que aquela senhora havia feito.

Mesmo não estando ali para ver, fez a sua parte,

deixou a sua marca, a beleza para a contemplação

e a felicidade das pessoas.

No dia seguinte, o homem entrou no ônibus,

sentou-se junto à janela e tirou um pacotinho

de sementes do bolso...

E assim, deu continuidade à vida,

semeando o amor, a amizade, o entusiasmo e a alegria.

O futuro depende das nossas ações no presente

E se semeamos boas sementes, os frutos serão igualmente bons.

 John Deere




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Thamíris Cristina Chinalia Pomponio